segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Nena Queiroga: talento que passou de mãe para filha


 Nena Queiroga é filha de dois consagrados artistas pernambucanos: o radialista Luiz Queiroga (escritor, compositor e produtor humorístico) e Meves Gama, cantora, que atuou no rádio e participou intensamente do Carnaval gravando frevos e cantando nos bailes carnavalescos dos principais clubes sociais do Recife.  Nena, que se chama na realidade Maria Consuelo Gama de Queiroga, criada no Recife, mas nascida no Rio de Janeiro, começou a cantar quando tinha 12 anos. Já nessa idade passou a ser a voz infantil mais requisitada para gravações de comerciais para o rádio. Foi quando passou a integrar o grupo vocal “Quarto Crescente”, liderado por seu irmão mais velho, o cantor e compositor Lula Queiroga.

A ligação com o Carnaval se deu por acompanhar sua mãe, Meves, aos bailes carnavalescos. Aos 16 anos, Nena já cantava acompanhada de orquestra, animando os bailes de Carnaval nos clubes da cidade. Cantou a primeira vez com o Maestro Duda e foi “crooner” da orquestra do Maestro Guedes Peixoto.

Desde 2010 é a voz feminina do Galo da Madrugada, o maior bloco de rua do mundo. A frente do trio elétrico e arrastando mais de 1 milhão de pessoas, Nena já contou com a participação de grandes nomes da música brasileira: Elba Ramalho, Maria Gadú, Luiza Possi, Saulo Fernandes, Gabi Amarantos e Margareth Menezes. Nena é Carnaval e é também música popular com projetos de shows de MPB, Forró, Bailes e claro, muito carnaval.  Passou a ser conhecida como a Rainha do Carnaval de Pernambuco por ser a única mulher a ter seu próprio trio e a cantar o desfile inteiro sem parar, além do destaque nos shows do período de Momo.



Em 2012 a Assembleia Legislativa lheconcedeu o titulo de “Cidadã de Pernambuco”. Em 2016 recebeu o titulo de “Cidadã do Recife”.

Em fevereiro de 2014, gravou seu primeiro DVD “Pernambuco para o mundo”. O evento reuniu um público de 60 mil pessoas no Cais da Alfândega, no Recife antigo. O show contou com os convidados especiais: Ivete Sangalo, Maria Gadú, Lenine, Elba Ramalho, Luiza Possi, André Rio, Ed Carlos, Gustavo Travassos, Maestro Forró, Maestro Spok, Ylana Queiroga, coral Edgard Moraes e Orquestra dos Prazeres.

Em 2018  Nena Queiroga foi homenageada do carnaval do Recife juntamente com o compositor J. Michilles. Foi apresentado um grande show no Marco Zero  na abertura do carnaval do Recife,  com  varios convidados como lenine, Elba Ramalho, Luíza Possi, Maestro Spok, Fafá de Belém, Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Ayrton Montarroyos, Gaby Amarantos, sua filha Ylana Queiroga,e seu irmão Lula Queiroga.

Na vida pessoal, Nena é uma pessoa realizada ,como mãe de Ylana Queiroga, cantora e compositora e de Yuri Queiroga,  guitarrista, arranjador e produtor musical premiado com trabalhos de álbuns de artistas como Elba Ramalho, Lula Queiroga e outros. Segundo a própria cantora, sua maior realização de vida, além de ser artista, mãe e avó, é poder ter parte de seu tempo dedicado a trabalhos sociais, além de participar com frequência de shows e eventos beneficentes. 

domingo, 27 de fevereiro de 2022

O criativo “Maestro Forró” do Carnaval de Pernambuco


 Francisco Amâncio da Silva, nascido no Recife no dia 14 de outubro de 1974,  já tocava zabumba, aos 5 anos de idade. Quando criança convivia com as manifestações culturais que “passavam” na rua onde morava: reisados, caboclinhos, maracatus, repentistas e forrozeiros como o proprio pai, José Amâncio da Silva, conhecido como Zé Amâncio do Coco.  

Maestro Forró aprendeu a gostar de música com o pai que por sua vez aprendeu a tocar coco de roda com a mãe, se inspirou também no seu irmão Givanildo Amâncio que toca tuba, trompete e fagote. Foi por causa de seu irmão que ele se apaixonou pelo trompete.  O apelido veio da época em que ainda muito jovem demonstrava ter muito conhecimento sobre músicas de forró  fruto da convivência com seu pai.

No início dos anos 1990 foi convidado a encenar como ator de teatro, fato que foi fundamental para fortalecer sua experiência com a música e a dança já que, segundo o próprio Maestro trabalhar com ótimos atores e diretores melhorou sua “performance”. A experiência com o teatro, porém, durou pouco tempo.  A partir de meados do mesmo ano passou a dar aulas de música e a viajar pela Europa. Atuou como arranjador e diretor musical em vários grupos, mesclando estilos e ritmos. Seu trabalho ganhou projeção quando passou a fazer turnês nacionais e internacionais com o Maracatu Nação Pernambuco. Com o grupo esteve na Europa, China e Estados Unidos.

O artista que aprofundou os seus conhecimentos musicais na Universidade Federal da Paraíba, pretendia desmistificar a figura do maestro que usa fraque e mantém certa distância do público e até mesmo dos próprios músicos, no entanto, reconhece que faz parte da cultura deste meio artístico.

Sentindo a necessidade de transformar misturas rítmicas em som, abriu sua casa para os ensaios em 2002, foi quando surgiu a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. Esse grupo começou a trabalhar com o Maestro Forró continuando o trabalho que ele começou na Europa de pesquisa, releitura e interação dos ritmos relacionando as novas expressões culturais com as questões de cidadania.  Em menos de um ano, de forma independente, conseguiram lançar dois CDS e um DVD.



A “performance”  cheia de gestos e pulos com que Maestro Forró rege a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério fez com que o músico ganhasse notoriedade, se destacando sobretudo na época do carnaval.

Em 2012, cerca de 41 artistas brasileiros  receberam a Medalha da Ordem do Mérito Cultural no Palácio do Planalto em Brasília, entre eles estava também o Maestro Forró, que recebeu a Medalha das mãos da então Presidente do Brasil Dilma Rousseff.  Em 2018 foi agraciado a maior comenda da Câmara do Recife - a Medalha do Mérito José Mariano, em reconhecimento à sua inegável contribuição para a arte e cultura não apenas da cidade do Recife como de todo o Estado de Pernambuco e do Brasil, por unir o erudito ao popular e dar maior expressividade às apresentações com suas performances criativas e inusitadas.



sábado, 26 de fevereiro de 2022

Márcia Ferraz lança CD promocional para o Carnaval 2022

 Musicista, tocando trombone de vara em orquestras do Recife e de Olinda, Marcia Ferraz sempre gostou de cantar. Primeiro, ainda muito jovem, cantava em corais de Igrejas até se tornar profissional.

Márcia adotou vários estilos musicais até se apaixonar pelo forró. Em 2018 gravou seu primeiro CD de musica regional.  No ano seguinte fez um disco inteiramente dedicado ao forró pé-de-serra.  

A pedidos de seus fãs e admiradores, gravou um disco de música romântica e agora em 2022 veio a idéia de cantar o carnaval. O CD reúne 14 faixas com compositores pernambucanos e regravações nacionais que fizeram sucesso. Denominado “Alegria, Alegria” está na praça, como sempre recebendo elogios das pessoas que acompanham o seu trabalho.

Márcia Ferraz está há 26 anos conquistando a admiração do público pelo seu trabalho como musicista e cantora de grande talento. BAIXE AQUI.



Jorge Ciranda D`Luz

 Jorge Ciranda D`Luz é músico desde a sua adolescência, quando aprendeu a tocar violão e se tornou profissional. No inicio dos anos 80 participou do Festival Arizona e do Frevança da Rede Globo Nordeste, cantando o Maracatu “Festa da Conceição”. Em 1986 estreou no disco gravando para a etiqueta Som Livre um compacto com musicas de sua autoria, de Samuel Valente e Hugo Martins.

Durante quinze anos Jorge foi integrante do grupo de ciranda de Dona Duda, experiência que o tornou um dos melhores intérpretes do gênero.  Nas edições do ano passado e deste ano Jorge Ciranda sagrou-se campeão do “Porto Festival”, um evento on-line realizado pela empresa Porto Seguro.  









quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Pernambucano faz clipe de carnaval para conscientizar a população com as medidas contra a Covid19

 O Frevo 'É Tu de lá e eu de cá', composição do cantor e compositor Washington Silva, faz referência ao uso de máscara, vacinação contra a covid19 e o distanciamento social neste carnaval. A música ganhou uma versão em clipe, com imagens produzidas pelo próprio artista e está disponível em seu canal do Youtube. 

Para assistir basta clicar no link: https://www.youtube.com/watch?v=KPmQjd5Cbx4

Música: É tu de lá e Eu de cá 

Composição: Washington Silva

Nessa pandemia eu vou brincar o Carnaval, respeitando os protocolos pra não pegar esse vírus infernal.

É TU DE LÁ

E EU DE CÁ

Usando álcool em gel e máscara também mantendo o distanciamento se não o vírus vem

É TU DE LÁ

E EU DE CÁ

Já tomei minha vacina que ajuda a proteger nas ruas de Recife e Olinda eu vou brincar até o amanhecer.

É TU DE LÁ

E EU DE CÁ


Imagens gravadas em casa por meio de celular, pelo próprio artista.

Edição: Cláudio Rocha / ForrozeirosPE


WASHINGTON SILVA: 81. 9.9644-8360

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Júnior Vieira: mais um de Pernambuco a brilhar no The Voice +


 Outro artista pernambucano se destaca no programa “The Voice Brasil +”. O nome em evidência agora é de Júnior Vieira, 70 anos, repentista, cordelista, poeta, cantor e compositor, natural de Brejo da Madre Deus. 

Júnior cantou uma canção de sua autoria – “Cardápio do Vaqueiro ” – e arrancou aplausos dos jurados do programa da Rede Globo. Morador atualmente no Recife, já conquistou prêmios do Festival do Frevo e tem vários livros publicados. Foi amigo de Dominguinhos e Chiquinha Gonzaga, entre outros talentos da nossa musica regional.

Ao vencer a primeira etapa do “The Voice +”, Júnior Vieira escolheu ficar no time de Tony Garrido para disputar as demais etapas do programa global.



Arlindo Moita dá show no The Voice +

 


Ainda repercute na opinião publica a apresentação de Arlindo Moita, no programa “The VoiceBrasil + da Rede Globo. Nascido em São Lourenço da Mata, mas com residência atual em Olinda, Arlindo interpretou "É Proibido Cochilar", de Antonio Barros, botou todos para dançar.

O primeiro dia do global The Voice + teve esse destaque pernambucano.

Aos 78 anos de idade, “Seu” Arlindo esquentou o reality musical - voltado para quem completou, pelo menos, 60 primaveras.

Caminhoneiro aposentado, Arlindo Moita  tem no currículo de sua trajetória o acompanhar de nomes como Dominguinhos, Luiz Gonzaga e Genival Lacerda.  Apesar de ter sido acolhido por todos os jurados do programa - nesta edição composto por Carlinhos Brown, Ludmilla, Tony Garrido e Fafá de Belém - Seu Arlindo escolheu o time de  Fafá para seguir adiante no programa.



Programa Pernambuco Cultural com Washington Silva e maestro Marcos FM


Nesta semana, o Pernambuco Cultural prestigia dois verdadeiros patrimônios! O Forró, este super gênero, que agrupa ritmos como o baião, o xote e o xaxado, que Luiz Gonzaga tanto fazia bem, o Forró Gonzagueano, declarado Patrimônio Imaterial Brasileiro! E o Frevo, nosso estandarte da folia de grandes carnavais de rua, e expressão tão pura da nossa cultura Pernambucana! Centenário e ao mesmo tempo inovador, um fervor de ritmo, gênero genuinamente nosso, reconhecido e consolidado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade!

 É sabendo de tudo isso, que Ivan Ferraz e Ruy Sarinho conversam com o cantor, compositor e forrozeiro, Washington Silva, que apresenta seu álbum “Nossa história”, tocando um forrozinho raiz, com sanfona, zabumba e triângulo, e letras carregadas de poesia.

E, ainda embalado nas comemorações do Dia do Frevo, celebrado neste dia nove de fevereiro, o repórter Matheus Nascimento participa da edição, entrevistando o professor, pesquisador, músico, Maestro Marcos FM, que entende e estuda a fundo o gênero, sendo um dos autores do livro “Frevo, transformações ao longo do passo”, publicado pela Cepe Editora, escrito com Climério de Oliveira.

É um casamento mais que perfeito! É forró + frevo! Só aumentar os pitocos e curtir essa verdadeira cerimônia da cultura de nosso Pernambuco, em mais uma edição do Pernambuco Cultural! 



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Opinião: Carnaval Caro

Quem analisa o Carnaval pelo lado econômico sabe muito bem que a folia, de uns tempos para cá, ficou mais cara tanto para o folião quanto para as agremiações. São custos mais elevados para músicos, aderecistas, fantasias, segurança, etc. O Carnaval espontâneo nascido nos bairros da cidade está ficando mais escasso, enquanto cresce a folia dos camarotes, mantida por interesses comerciais. Lamentável. 
Antes, um grupo de carnavalescos se cotizavam e botavam um bloco na rua. Hoje, isso está mais difícil tanto pela crise econômica como pela falta de apoio do poder publico. Com isso, o Carnaval de antigamente vai desaparecendo aos poucos e crescendo o numero de eventos patrocinados pelas industrias de bebidas. É uma pena.