sábado, 23 de janeiro de 2021
Viva as fantasias!
quinta-feira, 21 de janeiro de 2021
Maestro Duda
José Ursicino da Silva, o Maestro Duda, nasceu em Goiana interior de Pernambuco, em 23 de dezembro de 1935. Aos oito anos, começou a estudar música. Aos dez, já era integrante da banda Saboeira e logo escrevia sua primeira composição, o frevo Furacão, primeiro passo para se tornar um dos maiores regentes, compositores, arranjadores e instrumentistas de frevo da história. Em 1950, aos 15 anos
de idade, começou a integrar a Jazz Band Acadêmica e a Orquestra Paraguari. Tocou Oboé na Orquestra de Recife, mas seu múltiplo talento o levou a experimentar de tudo. Formou várias bandas de frevo que invariavelmente eram eleitas nos carnavais como as melhores do ano. Em 1953, foi classificado em segundo lugar no Festival de Música Carnavalesca promovido pela Câmara Municipal do Recife, com o maracatu Homenagem à Princesa Isabel. Neste período, já era regente e arranjador da Orquestra Paraguari. Ainda em 1953, assumiu o departamento de música da TV Jornal do Comércio. Em 1960, realizou cursos de regência e de música sacra na Escola de Artes da Universidade Federal de Pernambuco. Em 1961, musicou a peça Um americano no Recife, dirigida por Graça Melo. Musicou também trabalhos dirigidos por Lúcio Mauro e Wilson Valença. Em 1962, começou a integrar a Orquestra Sinfônica do Recife, executando oboé e corne-inglês. Em 1963, criou uma orquestra de bailes. Em 1967, assinou contrato com a TV Bandeirantes de São Paulo, após já ter sido chefe do departamento de música da TV Jornal do Commercio. Em 1970, voltou para o Recife, tornando a integrar a Orquestra Sinfônica e passando a atuar como professor-arranjador do Conservatório Pernambucano de Música. Em 1971, obteve o primeiro lugar no Festival do Frevo promovido pela Rede Tupi com o frevo de rua Quinho. No mesmo ano, organizou uma orquestra para bailes carnavalescos, que recebeu por diversos anos o prêmio de melhor orquestra do ano. Em 1975, gravou disco em homenagem ao Jornal Diário Pernambucano, pela gravadora Rozemblit. Teve frevos gravados pela Orquestra de Severino Araújo, assim como sambas gravados, entre outros, por Jamelão. Em 1980, foi escolhido como arranjador do Festival MPB-Shell, promovido pela Rede Globo. Em 1982, sua composição Suíte nordestina foi escolhida para abrir as festividades da Semana da Pátria, sendo transmitida pela TVE para todo o Brasil. Em 1985, sua orquestra representou o Brasil na Feira das Nações em Miami, na Flórida (Estados Unidos). Em 1988, executou a obra Música para metais número 2, com a participação do trompetista americano da Orquestra Sinfônica de Boston, Charles Schlueter, em comemoração aos 138 anos do Teatro Santa Isabel, em Recife. Teve músicas gravadas no exterior, estando presente em mais de 100 discos. Foi eleito por diversas vezes o melhor arranjador do Nordeste. É regente-arranjador e instrumentista da Orquestra Paraibana de Música Popular. Sua mais famosa obra é a peça sinfônica Fantasia carnavalesca, gravada pela Orquestra Sinfônica do Recife e Coral Ernani Braga. Vem alcançando destaque internacional com a direção musical da ópera Catirina, baseada em autos populares do bumba-meu-boi maranhense. Foi escolhido pelo Projeto Memória Brasileira, da Secretaria de Cultura de São Paulo, como um dos 12 melhores arranjadores do século. Em 1997, o Projeto Memória Brasileira lançou o CD Arranjadores, com seu arranjo para Bachianas nº5, de Heitor Villa-Lobos, tocado pela Banda Savana, homenageando-o ao lado de outros grandes arranjadores brasileiros como Maestro Cipó, Moacir Santos, Cyro Pereira, José Roberto Branco e Nelson Ayres. Em 1999, lançou com orquestra, o CD Coleção de Frevos de Rua, que contou com quatro volumes. Em 2007, teve o frevo Nino, o pernambuquinho relançado pela Spok Frevo Orquestra no CD Passo de anjo ao vivo gravado ao vivo no Teatro Santa Isabel, na cidade de Recife. Em 2008, recebeu homenagem do Ministério da Cultura, por meio da secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC) e da Representação Regional Nordeste (RR/NE MinC), no Conservatório Pernambucano de Música. O evento encerrou oficialmente a edição 2007 do Prêmio Culturas Populares, que levou o nome do Meaestro e também homenageou o Centenário do Frevo. Em 2009, apresentou-se com sua orquestra no carnaval de Recife, na Praça do Marco Zero. No mesmo ano, foi homenageado pela troça carnavalesca Turma da Jaqueira Segurando o Talo e pela Mostra de Música de Olinda.Obras: Cidadão frevo Estação do frevo Fantasia carnavalesca Furacão Homenagem à Princesa Isabel Marcela Nino, o pernambuquinho Quinho Suíte nordestina para banda e orquestra Suíte pernambucana de bolso Discografia: (1999) Maestro Duda e Orquestra de frevo - Coleção de frevos de rua vol.1 • CD (1999) Maestro Duda e Orquestra de frevo - Coleção de frevos de rua vol.2 • CD (1999) Maestro Duda e Orquestra de frevo - Coleção de frevos de rua vol. 3 • CD (1999) Maestro Duda e Orquestra de frevo - Coleção de frevos de rua vol. 4 • CD (1997) Arranjadores • Projeto Memória Brasileira • CD
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
Carnaval do Recife: Tribos de Índios
domingo, 17 de janeiro de 2021
Cem anos de Zé Gonzaga
O mundo forrozeiro reverencia o centenário de nascimento de José Januário Gonzaga do Nascimento, o cantor, compositor e sanfoneiro Zé Gonzaga, irmão do “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga. Nascido em 15 de janeiro de 1921, em Exu (PE), Zé Gonzaga aprendeu a puxar o fole com o pai - o velho Januário, - que consertava e tocava sanfona nas festinhas das redondezas. O irmão mais velho se mandou logo para o sul do Pais. Ao completar 19 anos, Zé pegou um pau-de-arara e foi se encontrar com o irmão no Rio de Janeiro. Houve uma certa desavença entre os dois irmãos porque Luiz não queria que Zé usasse o sobrenome Gonzaga.
Em 1957, Zé gravou seu primeiro disco. Cantava forró, mas no seu repertorio constavam também sambas, choros e até valsas. Participou do filme “Rico Ri a Toa” e excursionou à Argentina e França, acompanhando outros artistas. Gravou 6 LPs durante a década de 70 e veio a falecer no Rio, no dia 12 de abril de 2002. Nove anos mais jovem que o irmão famoso, Zé Gonzaga faz parte da galeria de forrozeiros que difundiram a musica nordestina pelo Brasil.