sábado, 30 de maio de 2020

Pernambuco tem cerca de 80 Bandas de Pífanos

A Banda de Pifano constitui - junto com outras manifestações - o embrião de gêneros musicais ligados ao forró. O pife brasileiro é uma adaptação nativa, com influencia indígena, das flautas populares européias. feitas de taboca  como as flautas indígenas, o pife brasileiro é utilizado pelos caboclos nordestinos para cerimônias religiosas e festas. Outros nomes para o pife são taboca e pífaro. 

Povos indígenas do Brasil fabricavam, e ainda fabricam, flautas feitas com bambu taboca. É o caso dos índios amondauas, cariris, guaranis e fulniôs. Em países  como Bolívia, Paraguai e Uruguai ,cultivam, em sua cultura musical, instrumentos de sopro idênticos aos pífanos do nosso País, porém com outros nomes. 

Para João do Pife, famoso pifeiro de Caruaru   "o som do pife veio da floresta. Veio do índio e foi passando de geração em geração". Assim como toda manifestação cultural do Brasil, a cultura do pife é resultado da riinfluência de várias culturas. As flautas indígenas adaptaram-se à chegada da música europeia e passaram a ser feitas com os mesmos furos dos pífaros das bandas militares da Europa. Mais tarde, as bandas de pífanos do Brasil passaram a apresentar influência africana, adotando um som mais percussivo ainda. Com essas adaptações o pife tornou-se um instrumento comum, utilizado para animar toda e qualquer festividade, inclusive eventos sacros como novenas. 

Esses grupos são conhecidos também, dependendo da região, como carapeba, terno de pífanos, cabaçal ou esquenta-muié. Tais bandas são uma marca da cultura do Nordeste brasileiro. A formação mais comum utiliza zabumba, caixa (ou caixa de guerra ou tarol), prato e dois pifes comumente tocados em terças  Utiliza-se também a formação típica do forró pé-de serra: sanfona, triângulo, zabumba e pife.

Os pifeiros mais famosos são: Zabé da Loca (PB), João do Pife & Banda Dois Irmãos, Zé do Pífano (PE), Banda de Pífanos de Caruaru, Chau do Pife (AL) e Alfredo Miranda de Viçosa do Ceará, CE, Anderson do Pife de Caruaru ( PE). O tradicional pifeiro João do Pife, apesar de pouco comentado na mídia, já esteve em 27 países.  Existem hoje em dia,  só em Pernambuco,  cerca de 80 Bandas de pífanos cadastradas, um número que deve surpreender a muita gente. 


quarta-feira, 27 de maio de 2020

Sesc disponibiliza partituras musicais


O SESC Partituras está disponibilizando um acervo de 2,894 obras de 319 compositores de musicas clássicas e contemporâneas para músicos e pessoas que tenham vocação musical. Uma iniciativa muito boa, principalmente nesse período de isolamento social, quando há necessidade das pessoas se ocuparam com algo útil para fazer. 
       
As obras podem ser indexadas por formação ou por instrumentos. Há formações solo, trio, quarteto, sexteto, banda de musica e orquestra de cordas e de câmara. Instrumentos são mais de 50. Entre os mais comuns, guitarra, violão, contrabaixo, voz, flauta e piano.
        
O acesso pode ser feito através do site: www.sesc.com.br/portal/site/sescpartituras/home/inicio

domingo, 24 de maio de 2020

Alcides Teixeira: um fenômeno de popularidade do Rádio de Pernambuco

Na historia do Rádio e da TV de Pernambuco, nos idos dos anos 50, um nome ficou gravado na memória de todos que viveram a sua época: Alcides Teixeira. Foi tão admirado pelo publico que alcançou uma consagradora votação para deputado estadual. 
          
Nascido em Alagoas, Alcides  adotou o Recife como sua pátria. Trabalhou na Rádio Clube e na Rádio Jornal até chegar à TV. Seu programa era dirigido ás classes sociais menos favorecidas. Possuído de um espírito filantrópico, Alcides Teixeira costumava visitar os bairros proletários para entregar cadeiras de rodas, máquinas de costura, óculos, alimentos, procurando conquistar,  dessa forma, a admiração de suas ouvintes, que ele chamava de “vovozinhas”. Foi líder absoluto de audiência tanto no Rádio como na Televisão.   No dia do seu falecimento milhares de pessoas foram às ruas para acompanharem o féretro, que saiu da Assembléia Legislativa até ao Cemitério de Santo Amaro.
           
Alcides Teixeira se expressava de forma simples e objetiva e era compreendido pelos mais humildes. Ele era uma pessoa educada, sempre preocupado com o social e dava muito valor ao artista que se apresentava
em seus programas.  Pode-se dizer: um fenômeno como comunicador popular.