A Banda de Pifano constitui - junto com outras manifestações - o embrião de gêneros musicais ligados ao forró. O pife brasileiro é uma adaptação nativa, com influencia indígena, das flautas populares européias. feitas de taboca como as flautas indígenas, o pife brasileiro é utilizado pelos caboclos nordestinos para cerimônias religiosas e festas. Outros nomes para o pife são taboca e pífaro.
Povos indígenas do Brasil fabricavam, e ainda fabricam, flautas feitas com bambu taboca. É o caso dos índios amondauas, cariris, guaranis e fulniôs. Em países como Bolívia, Paraguai e Uruguai ,cultivam, em sua cultura musical, instrumentos de sopro idênticos aos pífanos do nosso País, porém com outros nomes.
Para João do Pife, famoso pifeiro de Caruaru "o som do pife veio da floresta. Veio do índio e foi passando de geração em geração". Assim como toda manifestação cultural do Brasil, a cultura do pife é resultado da riinfluência de várias culturas. As flautas indígenas adaptaram-se à chegada da música europeia e passaram a ser feitas com os mesmos furos dos pífaros das bandas militares da Europa. Mais tarde, as bandas de pífanos do Brasil passaram a apresentar influência africana, adotando um som mais percussivo ainda. Com essas adaptações o pife tornou-se um instrumento comum, utilizado para animar toda e qualquer festividade, inclusive eventos sacros como novenas.
Esses grupos são conhecidos também, dependendo da região, como carapeba, terno de pífanos, cabaçal ou esquenta-muié. Tais bandas são uma marca da cultura do Nordeste brasileiro. A formação mais comum utiliza zabumba, caixa (ou caixa de guerra ou tarol), prato e dois pifes comumente tocados em terças Utiliza-se também a formação típica do forró pé-de serra: sanfona, triângulo, zabumba e pife.
Os pifeiros mais famosos são: Zabé da Loca (PB), João do Pife & Banda Dois Irmãos, Zé do Pífano (PE), Banda de Pífanos de Caruaru, Chau do Pife (AL) e Alfredo Miranda de Viçosa do Ceará, CE, Anderson do Pife de Caruaru ( PE). O tradicional pifeiro João do Pife, apesar de pouco comentado na mídia, já esteve em 27 países. Existem hoje em dia, só em Pernambuco, cerca de 80 Bandas de pífanos cadastradas, um número que deve surpreender a muita gente.