segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Mestre Salustiano e a força da cultura popular

O rabequeiro Mestre Salustiano é um ícone da cultura popular pernambucana. É conhecido nacionalmente pelo seu trabalho com a preservação dos folguedos e por tirar da rabeca ritmos regionais como forró pé-de-serra, frevo, cavalo marinho e maracatu. Nascido Manuel Salustiano Soares, no município de Aliança, na Zona da Mata Norte do Estado, em 1945, Salú se estivesse vivo completaria no dia 12 de novembro, 70 anos de idade.

Após a sua morte, em 2008, o legado está sendo perpetuado pela família Salustiano que mantém viva a chama da cultura pernambucana dando continuidade a Casa da Rabeca fundada, há 13 anos, pelo Mestre Salú.

Atualmente, o local é um dos principais redutos de cultura popular, e principalmente de apresentações de forrozeiros da região. Por lá, nomes importantes da música como Flávio José, Alcymar Monteiro, Antônio Nóbrega, Irah Caldeira, Nádia Maia, Cristina Amaral se apresentam regularmente, fazendo do espaço um local ideal para se curtir ritmos regionais durante todo o ano.

Mas a Casa da Rabeca também inspira a criação de novos artistas. É o caso da banda Dinda Salu e os Cabras Desmantelados e Família Salustiano – esta última, entre os shows que realiza, ainda une a música em um espetáculo especial que envolve dança e teatro, intitulado “Família Salustiano e a Rabeca Encantada”.

A Casa mantém, ainda, a tradição de eventos como o Carnaval Mesclado, que realizou este ano sua 11ª edição; os festejos juninos, com o Forró de Salú, e Festival Nacional de Cavalo Marinho, folguedo popular que este ano foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Brasil.

MESTRE SALÚ – Nascido Manuel Salustiano Soares, no município de Aliança, na Zona da Mata Norte do Estado, em 1945. Até hoje, é considerado uma das maiores personalidades culturais de Pernambuco. Ao longo da vida, atuou como intérprete, cantor, compositor e músico, incorporando um verdadeiro brincante do folguedo pernambucano. Um ano antes de falecer, em 2008, foi eleito patrimônio vivo da Cultura pernambucana.