sábado, 20 de junho de 2020

Alcymar Monteiro: Frevo ou Forró? O que importa é a boa música


Cearense da Vila da Juazeira, da região do Cariri, sul do Ceará, Antônio Alcymar Monteiro dos Santos já nasceu artista, porque vivia entre os artistas populares. Neto de cantador, seus tios eram sanfoneiros e sua mãe cantora. Começou a se interessar pela música aos 5 anos de idade no ambiente folclórico em que vivia, ouvindo Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. 

Em 1968, já na capital cearense, dava seus primeiros passos cantando na Rádio Iracema e como vocalista da  Banda Milenários. Depois de passar uma temporada em São Paulo, Alcymar escolheu o Recife para morar por considerar a cidade como a capital cultural do Brasil.

Ele confessa que veio para a capital pernambucana atraído pelos movimentos culturais: os caboclinhos, os maracatus, o frevo, o bumba-meu-boi, tudo isso lhe deu uma noção exata do que queria para mesclar sua carreira, sua musica e sua própria vida.

Alcymar gosta do frevo, embora tenha se notabilizado como intérprete do forró. Ele próprio confessa: - “O frevo é lindo.  Ao lado do forró ele forma duas identidades pernambucanas, que hoje são identidades brasileiras também.”   

      

Alcymar já gravou quase uma dezena de discos de frevos e talvez o dobro de forró. Tem um irmão – João Paulo Jr. – que é seu parceiro na maioria de suas composições. Apesar de se lançar como cantor, ele se destaca mais na criação, sendo considerado o braço direito de Alcymar, artisticamente falando. 

         

Muito profissional, extremamente zeloso em tudo que faz, Alcymar diz sempre que sua arte é verdadeira. Jamais gravaria o que não fosse verdade e não lhe dissesse alguma coisa. Suas pilastras musicais são Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Considera Alceu Valença o maior mangueboy da musica brasileira. Sobre Chico Science  Alcymar diz: -“Foi uma estrela que veio, acendeu, brilhou e foi embora como todos os grandes artistas que, às vezes, não ficam muito tempo por aqui”.