quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Festival de Inverno de Garanhuns 2025 já anuncia atrações para este ano


 Com antecipação de quase seis meses, o prefeito Sivaldo Albino já está anunciando as atrações programadas para o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG).  O evento vai acontecer entre os dias 10 e 17 de julho e apresentará no palco principal  “O Grande Encontro”, reunindo Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Elba Ramalho. Ainda na pauta a participação da dupla Bruno e Marrone. 

O “Festival de Inverno de Garanhuns” se constitui o principal acontecimento artístico de meio de ano em Pernambuco, atraindo sempre milhares de turistas para a cidade.

Confira programação do Pré-Carnaval Multicultural 2025 em Caruaru

 Festa contará com sete polos de animação e mais de 50 atrações a partir do dia 15 de fevereiro.

A abertura oficial da festa será no dia 15 de fevereiro, com a retomada do funcionamento do Mercado Cultural Casa Rosa e contará com shows da Orquestra de Frevo Seu Quequé, Grupo Nuwe e Erisson Porto, a partir das 11h30.

A partir do dia 21 de fevereiro começam no centro da cidade. Às 19h, blocos, agremiações, orquestras e bois irão compor um cortejo de abertura com saída do Letreiro de Caruaru em direção ao Polo Carlos Fernando, na Estação Ferroviária.

No sábado (22), além do apoio ao tradicional Bloco da Sucata, a programação acontecerá em mais cinco polos: Polo Carlos Fernando, Polo da Inclusão, Polo Alternativo, Polo Eletrônico e Polo Maestro Aurino, que é uma novidade da edição e reunirá orquestras de frevo. O domingo (23) contará com uma programação dedicada ao público infantil, intitulada Brincantes em Folia. A partir das 9h30, os pequenos poderão curtir apresentações de palhaços, malabares, pintura facial, brinquedos e momentos lúdicos.  



Confira a programação completa:

Polo Casa Rosa (Mercado Cultural Casa Rosa) 


Sábado | 15/02

Orquestra de Frevo Seu Quequé

⁠Nuwe Elétrico

⁠Erisson Porto 


Polo da Sucata (Rua João Condé)

Sábado | 22/02

Sambadeiras

⁠Almério

⁠Maestro Forró

⁠Nuwe 


Polo Carlos Fernando (Estação Ferroviária)


Sexta-feira | 21/02

Cortejo de Abertura (Saída: Letreiro de Caruaru)

Douglas Leon

PV Calado Elétrico

Paço e Folia (Maestro Clênio Lima, Silvério Pessoa, Frevo S.A, JV, Sebastian Silva e Maestro Waltinho D’Souza) 


Sábado | 22/02

CaruFolia (Nádia Maia, Thayse Dias, Azulinho e Renan Cruz)

Projeto Samba e Axé (Colibri Brasil, Wanessa Roger, Humberto Bonny e Derso Luiz)

Elifas Júnior 40 anos


Domingo | 23/02


Brincantes em Folia (Malabares, apresentação de palhaços, pintura facial, brinquedos e momentos lúdicos infantis)

Polo da Inclusão (Rua dos Expedicionários)


Sábado | 22/02

As Fulô

Banda Segnos

Kaká Kantarelli 


Polo Maestro Aurino (Banco do Brasil) 


Sábado | 22/02

Orquestra Bilu Teteia

Orquestra Nova Euterpe

Orquestra Só Frevo

Niba e Orquestra

Orquestra Maestro Budião

Orquestra Frevo Mais

Polo Alternativo (Estação Ferroviária)


Sábado | 22/02

Cigano Elétrico (part. Jô Santanna e Nerilson Buscapé)

Robson Estilozoz

Sangue de Barro (part. Nanny Melo)

Alkymenia (part. XAge) 


Polo Eletrônico (Estação Ferroviária) 


Sábado | 22/02

Bloco Só tem Doido Ano V

DJ Nino do Rap

DJ Vibe Trip

DJ Suculenta

DJ Suka

DJ Gibbs

DJ Skandaz

DJ Intrínseca

DJ Morest 


Circuito Aldo Teixeira (Avenida Rio Branco - Estação Ferroviária) 

Sábado | 22/02

Orquestra do Pezão

Boi Tira Teima

Orquestra Se Vira nos 30

Boi Surubim

Mestre Tetê de Omulú

Orquestra Frevo Arretado

Boi Nelore

Orí de Dança / Cap Olodum

Orquestra Mega Frevo Caruá

Pernas de Pau

Excesso de Bagagem (Trio Minhocão)

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Fotobiografia de Naná Vasconcelos é lançada na Torre Malakoff

 O percussionista Gilú Amaral, o flautista e diretor musical César Michiles, a cantora Sumara Ramos e as batuqueiras do grupo olindense Ìyámassé málé farão apresentações durante o lançamento do livro




Naná Vasconcelos, o homem que fez do berimbau uma extensão do seu corpo, costumava se definir como “o Brasil que o Brasil não conhece.” Percussionista pernambucano de fama internacional, ele morreu em 9 de março de 2016 e era considerado um gênio da música. A notável trajetória do artista está pronta para ser descoberta pelos brasileiros na Fotobiografia Naná: Do Recife para o Mundo, organizada pelo designer e jornalista Augusto Lins Soares, que a Cepe Editora lança no dia 14 de fevereiro, às 19h, na Torre Malakoff, localizada no Bairro do Recife, no Centro, com apresentações musicais. É uma homenagem aos seus 80 anos de nascimento, transcorridos em 2 de agosto de 2024.

O livro tem 240 páginas e apresenta Juvenal de Holanda Vasconcelos em mais de 200 fotos de 50 fotógrafos, aproximadamente, numa linha do tempo desde Naná criança até o artista consagrado, vencedor de prêmio Grammy e eleito o melhor percussionista do mundo pela revista norte-americana de jazz Downbeat, por nove vezes consecutivas, de 1983 a 1991. As imagens são intercaladas por textos biográficos com relatos de fases da vida de Naná, a partir das cidades onde ele viveu: Recife (a terra natal), Paris, Nova York e Recife de novo. Obras de arte criadas para o livro por 12 artistas com atuação em Pernambuco, num tributo ao músico, encerram a fotobiografia.

“Comecei a pesquisa em junho de 2023 e finalizei em outubro de 2024, minhas fontes são o acervo do artista, os bancos de imagens (públicos e privados) e os acervos dos fotógrafos brasileiros e estrangeiros”, declara Augusto Lins Soares. “Há várias imagens pertencentes a acervos privados que nunca foram publicadas ou são pouco divulgadas, como, por exemplo, Naná na Banda Municipal do Recife (atual Banda Sinfônica do Recife) nos anos 1960 e Naná tocando berimbau no Mercado Modelo, em Salvador (BA), na presença de Jorge Amado, nos anos 1980”, observa.

Na faceta americana, ele aparece tocando berimbau em seu “escritório”, o Washington Square Park, em Nova York, e num momento de folga com o gato de estimação. Da fase europeia, em Paris, Naná é flagrado em hora de lazer, brincando de esconde-esconde numa rua e num café com amigos. No Recife, é fotografado nas inesquecíveis e memoráveis noites de abertura do Carnaval, ao congregar batuqueiros de diversas nações de maracatu. O artista aparece ao lado de vários parceiros musicais, mostrando sua diversidade, como os norte-americanos Collin Walcott e Don Cherry (integrantes da banda Codona, com Naná), os brasileiros Egberto Gismonti, Geraldo Azevedo e Gal Costa, e o argentino Agustín Pereyra Lucena; e também em momentos com as filhas.

“Busco selecionar as imagens mais icônicas, impactantes, artísticas, reveladoras, históricas, inéditas, jornalísticas e sedutoras. Ou seja, imagens que contam ao leitor fatos importantes da vida da pessoa fotobiografada”, afirma Augusto Lins Soares, que lançou pela Cepe O Santo Revelado – Fotobiografia Dom Helder Camara, em 2019, e Sonia em Fotobiografia, dedicada à atriz Sonia Braga, em 2022. Nos textos do livro, ele destaca informações pouco conhecidas do público, como a participação do artista no curta-metragem Berimbau, de Toby Talbot (New Yorker Films, 1971), e a produção do disco Amazonas (Philips, 1973), feita pelo cantor e compositor Raimundo Fagner.

A história de Naná no documentário de Toby Talbot é narrada pelo professor de Etnomusicologia na Tulane University, Daniel B. Sharp, no artigo “Pop Star em Nova York”. O curta, segundo ele, “mostra como Naná transformou o berimbau, expandindo o seu papel tradicional de acompanhamento da capoeira e tornando-o um instrumento solista virtuoso por si só. As imagens de um jovem Naná tocando no filme nos deixam vislumbrar sua considerável habilidade com o berimbau, mesmo no início de sua carreira”, registra Daniel B. Sharp. A produção do disco Amazonas, o segundo álbum autoral de Naná, é detalhada pelo jornalista Renato Contente no texto “Avant-Garde em Paris.”

Para Patrícia Vasconcelos, viúva de Naná e mãe da filha caçula do músico, a fotobiografia é destinada a fãs, estudiosos e pessoas que não conhecem a obra do percussionista. “Achei a ideia fantástica por servir como uma ferramenta de pesquisa sobre a trajetória artística de Naná e necessária para deixar essa história acessível ao público interessado em saber mais sobre esse percurso musical que foi construído com tanto amor à música e muita genialidade. O resultado desse trabalho dará embasamento a outras ações que visem manter a memória e o legado de Naná vivos”, destaca Patrícia, que é curadora do legado do artista. “Presenciei e compartilhei momentos marcantes, como quando ele ganhou o Grammy Latino pelo álbum Sinfonia & batuques”, relata em texto no livro. Ela e a filha, Luz Morena, vieram dos Estados Unidos, onde moram, especialmente para o lançamento do livro.

A dimensão humana e artística de Naná é revelada nas fotos de Deborah Feingold (capa e contra-capa), Lizzie Bravo, Luiz Fernando, Franklin Corrêa, acervo Naná Vasconcelos, acervo Sérgio Kyrillos, acervo Edy Star, Guy le Querrec, Claude Barouh/Acervo Merrie Robin Monroe e outros fotógrafos; nos textos de Augusto Lins Soares (apresentação), dos jornalistas Michelle de Assumpção, Renato Contente e José Teles, do professor Daniel B. Sharp, de Patrícia Vasconcelos e do cantor Milton Nascimento (depoimento publicado pelo Facebook no dia da morte de Naná) e nas obras de arte de Amanda de Souza, Derlon, Heloísa Marques, Jade Matos, Marcelo Silveira, entre outros. O livro tem patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

 Serviço:

Lançamento da Fotobiografia Naná:  Do Recife para o Mundo, com apresentações do percussionista Gilú Amaral, do flautista e diretor musical César Michiles, da cantora Sumara Ramos e das batuqueiras do grupo olindense Ìyámassé málé - dia 14 de fevereiro, às 19h, na Onde: Torre Malakoff (Praça do Arsenal da Marinha, s/nº, Bairro do Recife, Recife-PE). Preço do livro: R$ 100 (impresso). Entrada gratuita

Homem da Meia-Noite é recebido por milhares de foliões no Marco Zero

 Aniversário de 93 anos do calunga Patrimônio Vivo de Pernambuco contou com o apoio do Governo do Estado, por meio da Fundarpe



O Homem da Meia-Noite, Patrimônio Vivo de Pernambuco, embarcou no Catamaran junto com os blocos líricos homenageados do Carnaval por volta das 16h deste domingo (2). De lá navegaram pela Bacia do Pina, acompanhados por outras três embarcações do Catamaran, até o Marco Zero, no Bairro do Recife, que ficou lotado para receber o calunga no aniversário de 93 anos. O Governo de Pernambuco, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), apoiou o evento, com contratação de atrações culturais, reafirmando o compromisso com o fomento e a valorização da cultura popular do Estado.


O cortejo foi acompanhado pelos Blocos da Saudade, das Flores, Batutas de São José, Flor da Lira, Cordas & Retalhos e O Bonde. O Homem da Meia-Noite seguiu pelas ruas do Bairro do Recife até a Praça do Arsenal da Marinha. No Paço do Frevo foram recebidos pelo cantor Getúlio Cavalcanti e pelo Coral Edgar Moraes com uma belíssima apresentação.

Em seguida os carnavalescos Cid Cavalcanti, que assina o traje, e Josué Francisco, que representam os blocos O Bonde e Cordas & Retalhos, entregaram o baú com a roupa que o calunga vai usar no desfile no Sábado de Zé Pereira. Até o Carnaval o fraque fica guardado a sete chaves. Depois o Homem da Meia-Noite cantou os parabéns com a Orquestra do Maestro Carlos celebrando sus 93 anos com direito a um bolo gigante.

Prefeitura do Recife anuncia 47 prévias gratuitas

 A partir da próxima segunda (3), os saudosos da folia já podem tomar as ruas do Recife. Será o início do período de prévias carnavalescas, que segue até o dia 26 de fevereiro, quando a alegoria gigante do Galo da ponte Duarte Coelho é erguida, encerrando o ciclo de prévias e saudando o Carnaval, que terá início no dia seguinte, quinta, 27. Com eventos distribuídos por toda a cidade, há opções para todos os gostos e todo folião.




A folia começa na Campina do Barro na próxima segunda (3), quando o Maracatu Cambinda Estrela inaugura a série de ensaios do Tumaraca - Encontro de Nações, evento que acontece na noite de abertura do Carnaval. A partir das 18h, os  batuqueiros começam a rufar seus tambores na rua Doutor Elias Gomes, 420. Na quarta (5), o ensaio do Tumaraca acontece na sede do Porto Rico, no Pina e, na quinta (6) é a vez do Estrela Brilhante, do Alto José do Pinho, sediar os ensaios.

Um espetáculo de muito frevo no pé é o que se pode esperar da primeira eliminatória do concurso de Rei e Rainha do Carnaval do Recife 2025. No dia 6 de fevereiro, a partir das 20h, no Teatro do Parque, os concorrentes irão desfilar sua alegria e mostrar seu bailado na disputa mais acirrada do ciclo momesco. A partir da sexta (7), os acertos de marcha de blocos líricos são retomados no Quartel General do Frevo, o Pátio de São Pedro, onde os grupos  com seus flabelos e bandas de pau e corda reverenciam carnavais saudosos e nostálgicos.

O domingo será marcado pela celebração ao dia do Frevo, 9 de fevereiro. A partir das 16h, um cortejo de dançarinos irá percorrer as ruas do bairro do Recife numa ação intitulada ‘Entardecer dos Passistas’, saudando o mais recifense dos ritmos. Confira a programação abaixo. 

(PS. Programação sujeita a alterações, acréscimos de atrações ou trocas de datas, que serão previamente comunicadas à imprensa)


Recife anuncia homenageados do Carnaval 2025

 A festa renderá homenagens aos cantores e compositores Elba Ramalho e Marron Brasileiro, além da Troça Abanadores do Arruda, artistas que transmitem a alegria e a tradição que só o Carnaval do Recife sabe promover e celebrar


 


A três meses da abertura do Carnaval 2025, a Prefeitura do Recife anuncia a primeira novidade momesca. Os homenageados da grandiosa festa, que haverá de consagrar o Recife como palco para umas das maiores, mais importantes e procuradas festas de rua do país, serão os cantores e compositores Elba Ramalho e Marron Brasileiro, além da Troça Abanadores do Arruda, que confirma os tradicionais brinquedos da cultura popular como protagonistas dos sentidos, forças e belezas mais genuínas da festa que só o Recife sabe fazer.

O anúncio foi feito pelo prefeito João Campos. “Homenagem importante, justa e merecida. É muito bom a gente ter um carnaval democrático, popular, acessível, e principalmente poder reconhecer as pessoas em vida”, afirmou. “Elba, que é uma grande voz feminina do frevo, do forró, da cultura nordestina, uma pernambucana de coração. Marron, um filho da Mustardinha, que aqui contou a sua história emocionante de como a gente tem grandes talentos na nossa terra, e os Abanadores do Arruda, uma entidade da cultura popular com 90 anos de história”, disse, em seu gabinete, após o anúncio. Na ocasião, estavam Marron e representantes do Abanadores. Em sua casa, no Rio de Janeiro, Elba Ramalho recebeu a notícia sobre a homenagem numa emocionada ligação de vídeo com o gestor.

A secretária de Cultura do Recife, Milu Megale, também estava presente e compartilhou suas expectativas para o Carnaval 2025. “Já temos um grande carnaval em Recife e eu acho que com essas três potências de homenageados do ano que vem, temos que esperar uma festa mais linda do que nunca”, falou. “Não só isso, mas durante todo o feriado vamos ter os blocos e as troças enfeitando, embelezando, engrandecendo o carnaval da cidade”, garantiu.

Nos próximos dias, haverá novos anúncios sobre a festa, que atrai cada vez mais atenção e visitantes do Brasil inteiro, reunindo importantes atrações nacionais, somadas às mais autênticas e ancestrais tradições culturais e musicais do povo pernambucano. 


Sobre os homenageados: 


Elba Ramalho

A cantora, compositora e multi-instrumentista Elba Ramalho é sinônimo da música nordestina, carregando um povo e uma geografia na voz potente e ensolarada. Mas seu talento vai além dos acordes. Nascida na zona rural de Conceição, no Vale do Piancó, na Paraíba, estreou nos palcos primeiro como atriz para só depois sagrar-se cantora. Sempre devotada a ritmos como o forró, o xote, o baião e o patrimonializado frevo, projetou sucessos nas paradas musicais brasileiras como "Banho de Cheiro" e "De Volta Pro Aconchego", nacionalizando os acordes e metais do frevo. Além da carreira solo, colecionou grandes e fiéis parceiros ao longo da carreira, como o Quinteto Violado de sua estreia, além de Zé Ramalho e Geraldo Azevedo, com quem apresentou, por muitos anos, o projeto Grande Encontro. Ao longo de mais de 50 anos de carreira, gravou dezenas de discos e vendeu milhões de cópias, conquistou dois Grammy Latino e dezenas de outros importantes prêmios musicais, tendo garantido cadeira e microfone cativos no olimpo da música popular brasileira.

A notícia foi dada à cantora através de ligação de vídeo do prefeito João Campos, já que não foi possível realizar o encontro dos dois presencialmente. “Estou em choque. Eu achei que era alguma outra coisa que ia acontecer! Que honra, muitíssimo obrigada. Fico muito feliz, e junto com Marron, que para mim é um cara maravilhoso. Realmente estou surpresa”, agradeceu Elba.


Marron Brasileiro

Compositor de verdadeiros hinos, que tão bem traduzem e invariavelmente embalam as ruas suadas e coloridas do Carnaval recifense, Marron Brasileiro conta e canta um pedaço importante da história da maior festa de rua em linha reta do mundo. Criador de clássicos como "Nas Ondas do Desejo", "É tanto Amor", "Galera do Brasil" e "Arreia a Lenha", o recifense do bairro da Mustardinha aprendeu a gostar de música ouvindo os clássicos de Reginaldo Rossi e Fernando Mendes nas ruas do bairro onde cresceu. Começou a carreira cantando em bares, depois viria a integrar diferentes conjuntos e pequenas bandas, até entrar no Grupo Alcano, mais tarde no Scorpions e, por fim, fundar a Versão Brasileira, banda que sagraria seu nome no topo das paradas e dos trios elétricos de Momo. Brincante incansável, não perdia um desfile sequer do Galo da Madrugada, bloco que segue prestigiando, agora em cima do trio, para embalar com seus refrões as multidões que se reúnem para saudar o calunga da ponte, confirmando, todo ano, o encontro entre dois gigantes da festa.

Emocionado com a homenagem, Marron garantiu que a conquista não era só sua. “Essa homenagem não é somente para mim. É para minha família, minha esposa e toda aquela gama de músicos que eu conheço de lá [a Mustardinha] e que não conseguiu, que sabem da luta que é sair da comunidade ”, disse ele, que até brincou que iria fazer um novo frevo para referenciar esse momento. 


Troça Abanadores do Arruda

A Troça Carnavalesca Mista Abanadores do Arruda, ou simplesmente ABANO, foi fundada em 1º de outubro de 1934, no alto da Alegria, bairro de Água Fria. A princípio, seus fundadores, Manoel João José Gonçalves de Santana e Amaro Santiago, foliões e sócios do Vassourinhas, batizaram a troça apenas como Abanadores. O Arruda viria a ser incorporado mais tarde, em 1937, quando José Gusmão assume a presidência da agremiação e transfere a sede para o bairro do Arruda. Desfilando e defendendo as cores verde, vermelha e amarelo, a troça coleciona frevos e o feito raro de ter compositor próprio: José Constantino, integrante da diretoria desde 1984, cujas composições capturam a essência do carnaval pernambucano, combinando tradições e inovações, para abanar o calor das massas. Colecionando vários títulos na história do Concurso de Agremiações, tradicionalmente realizado pela Prefeitura, há décadas, tem sede na Bomba do Hemetério. E também mora no coração de todo folião, confirmando a cada desfile sua alegria e sua história, com mais de 300 componentes , entre porta-estandartes, passistas, cordões, damas, fantasias de destaques e orquestra de metais, nas avenidas de nossas tradições mais bonitas.

Representante do grupo, Alexandro Santos, agradeceu ao prefeito João Campos pelo reconhecimento. “Em nome da presidente, agradecemos essa belíssima homenagem. São 90 anos de tradição e estamos muito felizes, surpresos e emocionados”, falou.