sábado, 11 de julho de 2020

Festival da Seresta: um marco na história do Marco Zero no Recife

O propósito maior do então Prefeito Jarbas Vasconcelos era revitalizar o Bairro do Recife, que vivia dias de abandono.  A idéia do radialista Geraldo Freire de realizar uma seresta em praça pública foi imediatamente aprovada pelo chefe da municipalidade recifense e surgiu, em 1995, o “Festival da  Seresta”, com a produção de Daniel Bueno e transmitido todas as noites pela Radio Jornal.      


O primeiro ano foi realizado em palco armado na Praça do Arsenal, reunindo grandes nomes da musica popular brasileira, entre eles: Silvio Caldas, Maria Creusa, Moacyr Franco, Carlos José, Núbia Lafayete, Agnaldo Timóteo e Nelson Gonçalves.        

O público foi tão receptivo que no ano seguinte o evento passou para a Praça do Marco Zero, com espaço para acomodar mais gente.  As primeiras noites passaram a ser dedicadas à jovem guarda e aqui estiveram Wanderléa, Fevers, Vanusa, Erasmo Carlos, entre outros artistas famosos dessa linha musical da época. Grupos musicais e intérpretes de Pernambuco também se destacaram, como Reginaldo Rossi, Leonardo Sullivan, Conjunto Pernambucano de Choro, Fernando Azevedo, Dalva Torres, Roberto Muller, Mozart, isso nos primeiros anos do evento.        

Os prefeitos do Recife foram se sucedendo e o Festival da Seresta crescendo em importância no conceito da população, principalmente porque jamais foram registrados casos de violência ou assaltos durante a festa. A frequência sempre foi constituída de famílias e muitos frequentadores se conheceram e se tornaram casais acompanhando a seresta.            



Para se ter uma idéia da extensão artística dessa festa patrocinada, todos os anos,  pela Prefeitura do Recife basta relacionar mais alguns artistas famosos que já pisaram o seu palco:  Cauby Peixoto, Jamelão, Miltinho, José Augusto, Waldik Soriano, Noite Ilustrada, Alcione, Fagner, Benito di Paula, Ângela Maria, entre muitos outros.           

Se existe um evento que marcou para sempre a historia do Marco Zero como local de grandes acontecimentos artísticos e culturais esse evento se chama o Festival da Seresta, que nasceu para ficar.

Leonardo Sullivan: talento como intérprete e compositor pernambucano

Iveraldo de Souza Lima, filho de pais pobres, órfão de pai aos seis anos de idade, foi obrigado a ajudar a família trabalhando como operário de uma fábrica na cidade de Vicência (PE), onde nasceu. Tinha apenas 13 anos de idade. O garoto operário demonstrou desejo de seguir a carreira da família, já que alguns de seus parentes eram músicos.        

Depois de uma infância muito difícil, aos 16 anos resolveu morar com um irmão no Recife. Admirava os cantores da época: Wilson Duarte, Nel Blue, Marilene Silva, Claudionor Germano, Carmen Artoni, entre outros. 

Um certo dia, Iveraldo teve a oportunidade de cantar, como calouro,  no programa “Varietê”, comandado por Nilson Lins na Rádio Jornal do Commercio.  O auditório veio abaixo quando ele interpretou uma musica do repertorio de Agnaldo Rayol. Foi o inicio de tudo. 

Vieram depois as chances de atuar nos programas de maior audiência do Rádio e da Televisão, como o “Bossa 2”, “Noite de Black-tie” e “Você faz o show”. Isso ainda sendo chamado de Iveraldo Lima. O nome Leonardo surgiu quando ele gravou seu primeiro disco na CBS. Sullivan foi acrescentado quando ele gravou um disco de musica gospel.     

     

Leonardo Sullivan, além de intérprete de muito talento, é um excelente compositor.  São inúmeras as criações dele gravadas por famosos cantores nacionais. O maior exemplo disso foi a canção “Memórias”, titulo de seu primeiro LP, que foi gravada também por Fafá de Belém. Com essa música, Fafá ganhou dois discos de platina e “Memórias”  foi cantada em todo o Brasil.           

 

Logo que a dupla Leandro e Leonardo surgiu, o nosso Leonardo entrou com uma representação da Justiça para justificar o uso do nome.  A questão rolou e Leonardo adotou o sobrenome Sullivan e desistiu da ação.            

Torcedor do Sport Club do Recife, Leonardo gosta de futebol, mas a música está em primeiro lugar. É evangélico, gosta de ler a Bíblia e tem um disco de musica gospel gravado a pedido do pastor Marcelo Crivela. 

A banda que o acompanha em seus shows é formada em sua maioria por filhos e  sobrinhos. E mais um detalhe importante nessa família de músicos. 


sexta-feira, 10 de julho de 2020

Bia Villa-Chan estreia como compositora em single com Maciel Melo

Bia Villa-Chan apresenta pela primeira vez ao público a compositora no single “O jeito de lá de casa”, em parceria com o cantor e compositor Maciel Melo. Os dois amigos compuseram o xote durante a quarentena, através de mensagens e ligações para conversar sobre os versos e a melodia. As reflexões provocadas pela crise sanitária atual se refletem em versos como “Eu vivo procurando por palavras/ Às vezes acho, às vezes não/ Eu vivo procurando por certezas/ Às vezes acho, às vezes não”.

Maciel foi uma surpresa de quarentena, define Bia. “Desenvolver essa parceria foi, primeiro, encarada com muita responsabilidade por tudo que ele representa para a cultura nordestina e ao mesmo tempo uma oportunidade de amadurecimento profissional. Interagir musicalmente com Maciel é um grande aprendizado”, comemora. 

O clipe, dirigido por Thamyres Oliveira, e a canção está no YouTube e nas plataformas digitais. “A primeira vez que eu vi Bia tocando, achei uma maneira diferente de tocar, ela é uma grande instrumentista e canta bem. Tem coisas que não têm explicação, acontecem. Quando ela musicou a letra, achei muito bacana. Eu acho que parceria é isso, vem, vai fluindo”, conta Maciel. O artista de Iguaracy está cumprindo o distanciamento social em Petrolina, no Sertão pernambucano, onde gravou a voz para o single.

No clima de São João, importante festa do calendário nordestino afetada diretamente pela pandemia, “O jeito de lá de casa” conta com a voz dos dois e tem arranjo de Bia com Romero Medeiros, responsável ainda pela direção musical e teclados. Renato Bandeira (guitarra semi-acústica), Hélio Silva (contrabaixo), Gilberto Bala (percussão) completam o time de instrumentistas. As imagens foram gravadas na casa da mãe de Bia Villa-Chan, com uma equipe de apenas duas pessoas. 

A cantora, multi-instrumentista e compositora já está com outros projetos autorais na agulha e promete muitas novidades para os próximos meses. “A quarentena me forçou a desacelerar e me possibilitou trabalhar composições próprias, que já existiam, mas precisavam de dedicação. Acho que esse é um momento em que me encontro mais madura, com um trabalho consistente, com uma identidade sonora bem definida. Quero contribuir com a minha assinatura, minha verdade”, comemora.

Devido ao período de isolamento social, cujas restrições para o setor cultural devem perdurar mais que em outros segmentos, a pernambucana armou um estúdio em casa e tem se dedicado ao estudo dos instrumentos e ao aprimoramento das técnicas de composição.

Apesar das dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19 e pela necessidade de ficar em casa para conter o avanço do novo coronavírus, ela quer dar continuidade aos projetos de 2020, ano que começou especial para Bia. Pouco depois de lançar o segundo EP, GiraSons, ela divulgou o clipe da faixa Rumo do céu e do mar e uma versão para o clássico Lágrimas de folião, de Levino Ferreira. 

Durante o carnaval, colecionou elogios do público e da imprensa no decorrer da maratona que envolveu o Recife, Olinda, Salvador e São Paulo. A programação contemplou o Galo da Madrugada - na capital Pernambucana e em São Paulo -, além do trajeto Barra-Ondina, ao lado de Armandinho Macêdo, filho de Osmar Macêdo, um dos inventores do trio elétrico, show no Palco Fortim e ainda no Polo Brasília Teimosa.

 

BIA VILLA-CHAN

Quem testemunha a destreza sobre o palco, a intimidade com o bandolim, a voz potente a desfiar cada letra nem imagina os caminhos tortuosos percorridos pela pernambucana Bia Villa-Chan para abraçar de vez a arte. Uma trajetória marcada por perdas, superação e a difícil escolha de deixar para trás a construção profissional de uma vida inteira. Uma rota trilhada pelo sonho de fazer da música companhia e destino, prazer e realização, reforçada pela parceria com nomes ilustres da seara sonora brasileira, como Alceu Valença, pela participação em eventos grandiosos da festividade popular, pelos prêmios concedidos pelo desempenho artístico.

O sucesso vivenciado, hoje, ecoa uma relação com a música iniciada aos 6 anos de idade, quando Bia Villa-Chan aprendeu com o avô Heitor Villa-Chan, um dos criadores do bloco Pirilampos de Tejipió (citado na clássica canção Valores do passado, de Edgar Morais). Autodidata, ela passou a dominar com naturalidade instrumentos como a guitarra, o contrabaixo, a bateria, o clarinete, o sax e o piano. Mas a carreira seguiu outro rumo: Bia enveredou pelo campo da saúde e estudou odontologia. Fez bacharelado pela UFPE, tornou-se mestre em engenharia biomédica na área de física nuclear, entrou no doutorado em ciências biológicas no campo da genética vegetal até topar com as artimanhas da vida: descobriu um câncer na tireoide, em 2017, e, após enfrentar a doença, decidiu se reencontrar de forma definitiva e exclusiva com a música. 

A decisão passou por percalços. Pesaram a memória da irmã, falecida aos 15 anos vítima de um câncer, a dificuldade de contar aos pais a manifestação de uma doença semelhante e a necessidade de repensar a vida depois de ficar diante do drama de saúde. Do processo traumático, surgiu a carreira da cantora pronta para fazer da voz e do instrumento uma forma de reverberar a cultura pernambucana, nordestina e brasileira através da diversidade do som e da música.

Os atributos artísticos são reconhecidos e valorizados por artistas consagrados como o conterrâneo Alceu Valença. A carreira em plena ascensão tem se caracterizado por combinar a valorização da cultura do estado com a renovação sonora a partir da releitura criativa dos clássicos da música regional, atributos ressignificados como passaporte artístico para a participação em festivais prestigiados, eventos carnavalescos, premiações regionais e parcerias com músicos renomados.

A curta, mas vigorosa, trajetória de pouco mais de dois anos como artista profissional já amealhou o prêmio de Melhor Cantora de MPB, na 10ª edição do Prêmio da Música de Pernambuco, o Troféu Gonzagão, considerado o “Oscar da música nordestina”, e legou ao público os EPs Pedacinho de Mim e GiraSons, lançado no fim de 2019. 

Mulher e instrumentista, Bia Villa-Chan também faz do próprio caminho um gesto de incentivo à atuação artística feminina no virtuosismo e na seara da música de tradição regional, elementos com poder de criar identidade cultural e ainda associados, majoritariamente, a protagonistas masculinos. Não raro, a cantora sobe ao palco vestida com roupas onde está inscrita a mensagem “Toque como uma mulher”, expressão combativa ao machismo e estímulo à inserção musical das mulheres.

A habilidade com o bandolim transformou Bia, não raras vezes, em “sensação digital” da música pernambucana com performances cujos registros viralizaram na internet e nas redes sociais - varreu a web a apresentação ao lado do Maestro Spok, símbolo do frevo, durante os preparativos para o carnaval de 2019 e se tornou bastante popular um vídeo com a execução de Feira de Mangaio capitaneada pela cantora no bandolim.

 


terça-feira, 7 de julho de 2020

Anastácia - A Rainha do Forró

Lucinete Ferreira é pernambucana, nascida no Recife em 30 de maio de 1940. Cantora e compositora mais conhecida como Anastácia – “A Rainha do Forró” – ela despertou interesse pela musica aos 7 anos de idade. Escreveu mais de 200 canções ao lado do ex-marido – o músico Dominginhos, que foi seu maior parceiro musical. Começou gravando em 1960 um álbum com o seu nome. 

No ano de 2017, Anastácia foi indicada ao Grammy, na categoria “álbum de musica de raízes em língua portuguesa” pelo álbum “Daquele Jeito”, gravado no mesmo ano.  O disco carrega os tons sertanejos, mas também apresenta alguns dos elementos que marcam sua trajetória: belas composições e verdadeiros hinos da musica regional.  Esse álbum que concorreu ao Grammy Latino ainda traz duetos especiais com artistas como Raimundo Fagner, Fafá de Belém e Zeca Baleiro. 

Durante toda a sua carreira artística Anastácia sempre demonstrou entusiasmo pela música, participando de vários shows memoráveis e com presença marcante em programas de Rádio e Televisão por todo o Brasil.  Gravou seu primeiro DVD em 2018, intitulado  “Eu sou Anastácia”,  trazendo consigo a efervescência dos  ritmos nordestinos, graças a sua vivência de décadas cantando forró.


Zenilton dominou as paradas com a sua música de duplo

José Nilton Veras, mais conhecido pelo apelido Zenilton, é cantor compositor e sanfoneiro pernambucano que ganhou fama pelo teor humorístico de suas letras. Zenilton foi creditado pelos integrantes da banda de rock “Raimundos” como uma das suas influências musicais.

Zenilton nasceu em 14 de fevereiro de 1939 na cidade de Salgueiro, na região do sertão central de Pernambuco a mais de 500 quilômetros do Recife. Ainda criança começou a gostar de música e, aos 14 anos, começou a aprender a tocar acordeon, almejando um futuro como músico profissional. Seu pai, que era dentista do Exército, foi contra, por achar que a carreira de músico não tinha nenhum futuro.  Seu primeiro álbum foi “Fofocando”, gravado em 1967, e já trazia letras bem humoradas.  Durante a época do regime militar, Zenilton passou a usar trocadilhos em suas letras para escapar da censura que existia aos artistas.   

     

Embora tenha lançado o primeiro LP em 1960, ele só se tornou sucesso nacional na década de 70, com forrós de duplo sentido. “Capim Canela” iniciou a série de musicas de sucesso: "Meu gado emagreceu, que só se vê a costela/ a salvação disso tudo foi o capim canela/ a criação engorda comendo capim canela/ é só capim canela, é só capim canela". Depois veio, “A Veia Debaixo da Cama” e “Bacalhau à Portuguesa”: - “Eu quero cheirar seu bacalhau/ Maria, quero cheirar seu bacalhau". Outra “Deixei de Fumar”: - "Só fumo no cachimbo da mulher/ fumar cigarro nunca mais eu me acostumo/ todo dia fumo no cachimbo da mulher".   

 

Zenilton revela que foi levado ao duplo sentido por causa de Luiz Gonzaga. Foi fazer um show numa fazenda, na Bahia, ele, Marinês, Gonzaga e o Trio Nordestino.  Na sua apresentação, era prá cantar durante 45 minutos e ele passou o dobro do tempo só cantando musicas do “Rei do Baião”.  Quando terminou Gonzagão estava arretado porque ele tinha cantado quase todo o seu repertório. 

Zenilton confessa que o carão do Rei do Baião o deixou meio chateado. Passou um caminhão por Salgueiro, em 1958, ia pra São Paulo. Viajou nele 18 dias prá chegar na capital paulista.  Não conhecia ninguém na cidade. Só tinha uma sanfoninha e uma sacola com roupa. Foi pra Praça da Sé tocar e cantar. Um dia apareceu um português que queria aprender a tocar sanfona. Fizeram um acordo. Zenilton ficava dormindo nos fundos do bar do português e em troca ensinaria sanfona. O português voltou pra Portugal e Zenilton comprou o bar dele. E foi comprando outros. Chegou a ter 14 bares pequenos, tipo lanchonete. Daí foi conhecendo os músicos, o povo do rádio começou a convida-lo para programas e ele acabou abraçando a carreira. Foi justamente em São Paulo, que Raul Seixas, de quem era amigo, o aconselhou a cantar coisas engraçadas. Aí gravou “Capim Canela”. No outro ano, foi fazer um show na mesma fazenda, Luiz Gonzaga também estava lá e veio lhe abraçar dizendo:- “Está vendo como foi bom eu lhe aconselhar? Fui pro Rio de Janeiro, e lá todas as rádios só tocavam você”.  Zenilton também passou muitos anos em Portugal, onde também teve influência em Quim Barreiros, artista muito popular no país, na linha duplo sentido.          

Com três filhos bem encaminhados (uma filha é médica) e seus 81 anos bem vividos, Zenilton sente saudades de muita coisa e não se arrepende de nada do que fez em sua árdua e laboriosa carreira artística.

Solange Almeida: brilhante estrela da música do Nordeste

Solange Almeida, cujo nome completo é Solange Almeida Pereira é cantora, compositora, instrumentista, apresentadora e empresária de uma marca de roupas femininas. Antes de se projetar como vocalista da banda “Aviões do Forró”, temporada que durou 14 anos, ela cantou em diversos outros grupos musicais, como “Caviar com Rapadura” e “Cavaleiros do Forró”. 

Nascida em 29 de agosto de 1974  e criada em uma família humilde da cidade de Alagoinhas, no interior da Bahia, Solange passou boa parte da sua infância e adolescência em Barrocas (também interior da Bahia), cidade natal dos seus pais; desde a infância sonhava em ser cantora. Aos cinco anos de idade, por influência de um tio, passou a cantar em pequenas reuniões familiares. Aos doze anos, iniciou sua carreira profissional, escrevendo canções e se apresentando em pequenos festivais regionais. Na adolescência, passou a dançar e cantar em diversas bandas de forró, emplacando dezenas de sucessos. Apesar da pouca idade, já possuía um gosto musical avançado, ouvindo cantores como Clara Nunes, Luiz Gonzaga e Roberto Carlos.

Em 1998 gravou dois CDs compondo a Banda G, de Carpina (PE). Foi em 2002, ao ir morar em Fortaleza (CE) que ela recebeu o convite para cantar na nova banda cearense chamada “Aviões do Forró”. O grupo apresentava uma proposta diferente, que logo se tornaria um dos maiores fenômenos musicais do Brasil.  Solange saiu para iniciar sua carreira solo em 2017, e de lá prá cá vem acumulando um sucesso atrás do outro em suas apresentações.

Como empresária é dona da  linha íntima da marca “Hardy Lingerie” , e também tem sua imagem associada a dezenas de marcas nacionais e multinacionais, como garota-propaganda da Panasonic, LG, Yamaha, P&G  Skol e Coca-Cola.

Em 18 de maio de 2010, Solange Almeida recebeu o título de cidadã fortalezense. No ano de 2015, estreou como apresentadora, apresentando o programa “Solange Almeida Convida”, exibido pelas plataformas ClapMe e Vevo. Solange  recebeu o título de Madrinha da Infância Fortalezense em 2016, durante cerimônia em alusão ao Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizada pela Câmara Municipal de Fortaleza.  

Em  2017, Solange gravou seu primeiro DVD em carreira solo no ”Citibank Hall”, em São Paulo.  O trabalho contou com as participações de Anitta, Xand Avião, Ivete Sangalo, Joelma, Tiago Iorc, Cláudia Leitte, Gusttavo Lima, Padre Fábio de Melo e o maestro Eduardo Lages.

Em 2018, Solange recebeu o ”Troféu Danado de Bom”, tendo a música "Cozido da Patroa" como música da Festa de São João 2018. Recebeu também sua primeira indicação ao Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Música Sertaneja por seu álbum de estreia solo, “Sentimento de Mulher”.