segunda-feira, 19 de abril de 2021

Coquetel Molotov lança revista digital

 Num momento em que a sede de conhecimento se aflora e a saudade por novas experiências aumenta, o Coquetel Molotov.EXE retorna em uma nova edição especial. O projeto que nasceu no ano passado em meio ao ano atípico marcado pelo distanciamento social agora se reinventa e traz ainda mais surpresas e novidades em sua segunda edição.


A segunda edição do Coquetel Molotov.EXE é um projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc em edital realizado pela Secretaria de Cultura de Pernambuco e conta com patrocínio do Prêmio Funarte Festivais de Música 2020, parceria da Mídia Ninja, S.O.M., Abrafin e realização da Coda Produções.

Se no ano passado o evento aconteceu por horas seguidas com uma programação linear, agora o Coquetel Molotov.EXE ocorre de maneira simultânea com todas as performances artísticas e musicais disponibilizadas ao mesmo tempo em um hotsite. Em alguns vários cliques, as pessoas podem agora encontrar desde artigos a lançamentos de clipes, sets musicais e artes de wallpaper para download.

Neste novo formato de revista digital, o Coquetel Molotov.EXE traz ao todo, 40 atrações diferentes, primando pelo ineditismo. Parte das atrações veio de uma convocatória online que atraiu mais de 200 inscrições e a outra parte foi selecionada pela curadoria do festival em conjunto com a artista e pesquisadora audiovisual Libra Lima.

“Decidimos conceber um portal que pudesse dar a esses trabalhos, espaço para uma construção intencionalmente direcionada para a plataforma. Dessa maneira, as criações surgem para o virtual, com a ideia de construir uma experiência interativa, com conteúdos que criam diferentes diálogos entre si, trazendo ao público um ambiente de descoberta”, explica Libra, co-curadora desta edição.

Atrações musicais - Multifacetada assim como sua trajetória, a revista digital apresenta uma vídeo arte idealizada a partir da ideia de uma continuidade do roteiro do clipe do novo single “Foi Mal” da cantora Urias junto com João Arraes. O evento ainda traz com exclusividade Vitor Araújo lançando um filme musical original, realizado em parceria com o cineasta pernambucano Pedro Maia de Brito, vencedor do prêmio do júri de melhor filme no último Festival de Brasília.

Registrando um encontro de músicos em tempos de pandemia, Benke Ferraz (Boogarins) mandou um recado para seu aliado musical, Tagore, se convidando para uma visita rápida às Terras Altas de Tagoretinga, onde o músico pernambucano reina em isolamento. Artista e performer recifense e ativista dos direitos LGBTQIA+, Jáder realizou uma performance ao vivo de duas canções que trará em seu primeiro EP com uma energia de renovação descobrindo novas nuances e possibilidades.

Karla Gnom vem com seu novo projeto autoral na música “Hitzada”, que conta com as participações especiais das MC’s Bione e Lety. Durante sua performance, Karla Gnom apresenta seu setlist composto de experimentações sonoras e outras produções autorais como Fábrica de Hino e T.R.E.T.A. Criada especialmente na semana em que a Um/Quarto completa seu primeiro ano de vida, a playlist 360 reúne uma coleção de tracks recém-lançadas, remixes e feats de artistas independentes que passaram pelos palcos virtuais da Um/Quarto ao longo dos últimos doze meses.

Obras audiovisuais - De São Paulo, Thiago Pethit marca sua participação ministrando um vídeo/oficina em que ensina técnicas de preparação, respiração e expressão corporal para apresentações em público. A dançarina Flavia Pinheiro com um video/performance inédito em parceria com Francisco Baccaro. Seus trabalhos envolvem o corpo em movimento em relação a diferentes dispositivos.

Para o lançamento de seu single “Pato Rouco”, Cássio Oli se juntou ao artista Gools para criar um jogo-clipe que reproduzisse a energia empolgante de sua música. Para interagir no game, é possível acessar via web ou Android através da Google PlayStore.

A curadora independente, DJ, artista visual e apresentadora Paulete LindaCelva trouxe para o projeto um podcast do seu programa de rádio Mote entrevistando Yná Kabe Rodríguez. Produzido e editado pela Senta, a Senta TV apresenta momentos da televisão que introduziram no sexo desde a vovó até o bebê, num tempo em que a mídia era muito mais explícita e libertina.

Trabalhos híbridos - Adotando o codinome de Rollinos, o artista visual Gabriel Rolim apresenta técnicas de pesquisa e síntese visual digital a partir de um material criado pela artista Eerie Please. Rollinos baseia seu estudo nos erros proporcionados por sistemas analógicos e digitais via sintetizadores e computadores. “Medo de Tentar” é um projeto fotográfico e poético criado pelo artista Bisoro. Nele, texto e imagem, juntos, buscam apresentar uma atmosfera contemplativa de espaços urbanos durante o início da pandemia no Recife.

Jeane Vitória, 23, é uma artista visual que se apresenta através de sua persona, Apofenica. Seu projeto compõe diversos GIFs representando uma concepção artística envolvendo a percepção humana sobre a Apofenia. Nessa ótica, vultos são criados a partir de um fenômeno cognitivo de perceber padrões ou conexões em dados aleatórios.

Experimento híbrido de arte, baseado na linguagem digital que toma forma através do Instagram, a Igreja Universsauria criou o “Darksocial”, um compilado de stories produzidos pela página, que faz menção direta às mídias e compartilhamentos de conteúdos digitais que não contêm nenhuma informação digital de referência sobre a fonte.

Além do apelo imagético e sonoro, o projeto contempla textos reflexivos de rac quel, Lenne Ferreira, Ariana Nuala, Emannuel Bento e Arthur Cobat sobre diferentes temas comportamentais ligados à cultura contemporânea. O detalhe é que todos estes textos podem ser ouvidos na própria página reforçando a acessibilidade e inclusão para todes.

Junto a todos eles estão os trabalhos de Afroito, Aurora Jamelo e Jorja Moura, Babi Jaques e Lasserre, DJ Incidental, DJ Punny, Evelli Eller, Hanni Palecter, Inaê Silva, JEAN, Kleber de Oliveira, Matheus de Bezerra, fffluxus, Okado do Canal e RENNA. Estes artistas inscreveram propostas para uma convocatória do projeto e estão apresentando obras inéditas em diferentes linguagens artísticas, da dança ao audiovisual, passando por djsets e performances.

Acesse a revista digital Coquetel Molotov.EXE pelo link: www.coquetelmolotov.com.br

No Mês do Livro, Cepe disponibiliza 10 e-books gratuitos para download

 Entre os títulos disponíveis estão obras esgotadas e autores consagrados. O acesso poderá ser feito até o próximo dia 30

Para celebrar o Mês do Livro, até o dia 30 de abril, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) oferece o download gratuito de dez e-books, repetindo o sucesso de 2020. Esta é a terceira ação da empresa, desde o início da pandemia, no sentido de democratizar o acesso à leitura e incentivar as pessoas a ficarem em casa, promovendo a hashtag #JuntosNaLeitura. Duas datas marcam a ação: Dia Mundial do Livro (23) e Dia Nacional do Livro Infantil (18). Para baixar os títulos basta acessar as principais plataformas digitais (Amazon, Apple, Kobo, Livraria Cultura e Google Play Books).

Nesta campanha, as obras liberadas trazem diversidade de gênero, livros esgotados em sua versão impressa, muito procurados pelos leitores, e autores consagrados como Cida Pedrosa (Prêmio Jabuti 2020) e Silviano Santiago. Os títulos são: “Três homens chamados João – Uma tragédia em 1930″ (Ana Maria César), “O Brasil de Gilberto Freyre” (Mário Helio), “A emparedada da Rua Nova” (Carneiro Vilela), “Jogo de cena” (Andrea Nunes), “Gris” (Cida Pedrosa), “Memórias do Araguaia” (Dagoberto Alves Costa), “Uma literatura nos trópicos” (Silviano Santiago), “Genealogia da Ferocidade” (Silviano Santiago), “O breve fulgor do tempo” (José Rodrigues de Paiva) e “Viagem ao Brasil – 1644-1654″ (Peter Hansen Hajstrup).

Além dessa ação, em compras a partir de R$ 80,00, feitas na loja on-line, o consumidor ganhará o exemplar do título O que eu disse e o que me disseram: A improvável vida de Geraldo Freire. Em março do ano passado, a Cepe disponibilizou 14 e-books para download gratuito. Em abril de 2020, mais dez e-books foram liberados.

“Com essa iniciativa, a Cepe reforça seu compromisso com a democratização do acesso ao livro. O Brasil vive hoje uma realidade cruel marcada por ataques do Governo Federal às políticas públicas de cultura, educação e fomento à leitura. É preciso que a sociedade atenda ao chamado em defesa do livro; que refute o pensamento de que livro é coisa de elite e de que pobre não lê para justificar a tributação sobre os livros”, destacou o presidente Ricardo Leitão.

Henrique Albino lança o álbum “Música Tronxa”

 O instrumentista e arranjador pernambucano Henrique Albino lançou nesta semana o seu álbum de estreia,  ”Música Tronxa”, em todas as plataformas digitais. Financiado pelos recursos da Lei Aldir Blanc em Pernambuco, o disco disco de estreia do músico apresenta temas que articulam as raízes musicais pernambucanas à liberdade expressiva do jazz, bem como à complexidade da rítmica polimétrica e às possibilidades melódico-harmônicas da música Pós-Tonal.


O resultado é uma obra arrojada, mas não hermética ou acadêmica. Um disco que coaduna conflitos métricos, frases atonais, motes seriais e sonoplastias a melodias encantadoras que desvelam paisagens etéreas e improvisos incendiários plenos de risco, individualidade e senso de grupo. Tudo isto, por sinal, sem comprometer qualquer traço da identidade nordestina. Daí que a música é “tronxa”, com “x”, no melhor “pernambuquês”, como revelam “Apofenia”, tema de abertura que faz menção às batidas do maracatu rural da Zona da Mata do estado; as intervenções sonoras de matriz indígena em “Claranã”; ou “Salto Quântico”, faixa na qual podemos vislumbrar o frevo voltando-se para o amanhã.
Acompanhando Albino, um time de jovens e brilhantes músicos que incorporaram suas ideias e musicalidade ao ponto de formarem não um combo, e sim um organismo. No acordeão, o virtuoso, moderno e peculiar Felipe Costta. No baixo elétrico, Filipe de Lima, o chão firme num espaço sonoro transmutável. E na bateria, o multidirecional, técnico e criativo Silva Barros.

Gravado nos dias 13 e 14 de janeiro deste ano no Fábrica Estúdios, a música foi registrada sob o calor do “aqui, agora” inerente à captação ao vivo, formato apropriado às linguagens da música improvisada. O design é de Lucas Emanuel da agência CCQ, a foto da capa, de Felipe Schuler e as imagens da sessão de gravação, de Eládio Ferreira. Uma produção do selo Boa Vista Jazz Records. Aperte o play e confira: