Nelson Ferreira e Capiba são considerados, indiscutivelmente, os compositores de maior projeção do Carnaval pernambucano de todos os tempos. Compositor e maestro, nascido em Bonito-Pe, em 1902 e falecido em 1976, Nelson Ferreira compôs inúmeros frevos que até hoje são cantados e executados por orquestras nos bailes e festas populares. Estreou como compositor em 1921 com a marcha “Borboleta não é ave”, seu primeiro grande sucesso. Sucederam-se outros frevos de rua, de bloco e canção, sendo o mais conhecido de todos o “Evocação n. 1”. Nelson Ferreira foi diretor de orquestra, atuou na Rádio Clube e recebeu inúmeras condecorações pelo conjunto de sua obra em favor da musica e da cultura de Pernambuco. Capiba, ou Lourenço da Fonseca Barbosa nasceu em Surubim e chegou ao Recife para estudar e se formar em Direito, diploma que jamais foi buscar na Faculdade. Preferiu trabalhar no Banco do Brasil e se dedicar de corpo e alma à musica;. Criou a Jazz Band Acadêmica e iniciou a carreira de compositor de frevos consagrados a partir de 1934, quando lançou o frevo- canção “É de amargar” que todo o Recife cantou naquele ano. Daí pra frente, era um sucesso atrás do outro, se tornando um dos mais brilhantes autores de frevos de Pernambuco. Capiba fez, ainda, inúmeras valsas, serestas e canções, como “Recife, Cidade Lendária”, “Valsa Verde” e “Maria Betania”, musicas que foram gravadas por famosos cantores do Brasil. Nelson Ferreira e Capiba são dois gênios imortais do frevo pernambucano. Matéria escrita por Miguel Santos (Jornalista e radialista)