sábado, 2 de janeiro de 2021

Capiba: compositor que glorificou o Carnaval de Pernambuco

O nome Capiba está inteiramente integrado à história do Carnaval de Pernambuco. Nenhum compositor conseguiu chegar ao nível de qualidade e popularidade alcançados pelos frevos criados por ele. 

Lourenço da Fonseca Barbosa nasceu em Surubim (PE), em 1904. Veio para o Recife em 1930 para trabalhar na agencia central do Banco do Brasil. Criou a Jazz Band Acadêmica, orquestra que animou por algum tempo os bailes e eventos dos clubes sociais da cidade. Concluiu o Curso de Direito em 1938, mas nunca foi buscar o diploma porque o “fraco” dele era a música. 

Criou canções, valsas e serestas. Primeiro sucesso foi a “Valsa Verde”, em 1932. Dois anos depois, lançou o frevo “É de amargar”, que todo pernambucano cantou. 

 

 Daí por diante não parou de fazer frevos-canções. Também musicou peças de autores consagrados e fez uma série interminável de canções com os maiores poetas brasileiros, como Carlos Drumond de Andrade, Manoel Bandeira, Vinicius de Moraes, Carlos Penna Filho, Ascenso Ferreira, João Cabral de Melo Neto, entre outros.  

Integrou o Movimento Armorial, criado por Ariano Suassuna, na década de 70. Todos os frevos que compôs, em sua grande maioria, foram cantados pelos foliões em dezenas de Carnavais. A exemplo de: “Oh, Bela”, “A Pisada é essa”, “Modelos de Verão”, “Vamos prá casa de Noca”, “Cala boca menina”, “Frevo da saudade” e muitos outros.   

     

Cerca de 500 composições fazem parte do currículo musical de Capiba. Só o cantor Claudionor Germano chegou a gravar 132 musicas. Centenas de outras musicas fizeram parte do repertório de diversos interpretes. Sambas-canções ultrapassaram as fronteiras como “Maria Betânia”, “Cais do Porto”, Recife Cidade Lendária”, “A mesma rosa amarela”, “Serenata Suburbana”. “Olinda, Cidade Eterna” e dezenas de outros. 

     

Capiba faleceu no dia 31 de dezembro de 1997,aos 93 anos, deixando o povo pernambucano triste e saudoso e um legado musical que o tempo jamais apagará.


sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Maciel Melo e Joanna juntos em novo disco


 Depois de passar 19 anos afastada do mercado fonográfico a cantora carioca Joanna volta a lançar um disco, tendo como parceiro o cantor e compositor  pernambucano Maciel Melo. Os dois são autores da musica “Imagine”, que é a primeira faixa do novo trabalho. Joanna também interpreta uma  nova versão da musica “O Cravo e a Magnolia”, que Maciel lançou em 2015.   

 

CD Joanna - Aqui e agora. 11 músicas.

 

Músicas: 

Imagine (Joanna e Maciel Melo)

Sem como nem porquê (Joanna e Tiago Torres da Silva)

O aqui e o agora (Tiago Torres da Silva e Tozé Brito)

Olhos nus (Joanna e Sarah Benchimol)

Eta mundo bão (Renato Teixeira)

Pelas vias do desejo (Eduardo Lages e Altair Veloso)

Lado b (Joanna e Sarah Benchimol)

Amor Eterno (Alvaro Socci e Cáudio da Mata - Pedro Lamares: Ator Português- declamação do poema “incidental”)

Por detrás do espelho (Joanna e Sarah Benchimol)

O cravo e a maglólia (Maciel Melo)

Como uma confissão (Joanna e Tiago Torres da Silva).

 

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Geraldão voltando aos seus dias de Glória


Depois de  passar  por  uma  demorada  reforma  estrutural, o Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães Melo (Geraldão), voltou a servir ao esporte e a cultura da cidade do Recife. Palco  multiuso inaugurado em 1970, o Geraldão já, foi local de grandes espetáculos internacionais, como o Holiday on Ice, Globetrotters, Jimmy Cliff, Roberto Carlos, além de  memoráveis competições esportivas.  

O complexo, de 20 mil metros quadrados de área construída, dispõe de uma quadra poliesportiva de 20x40 metros e acomoda um publico de 10 mil pessoas.   

O maior ginásio do Recife está novo de novo e pronto para retornar aos seus dias de  gloria  como principal  palco do esporte  e  do entretenimento do Recife. 

Manoelzinho Salustiano é o novo Doutor Honoris Causa da UPE

 O título foi concedido recentemente ao mestre da cultura popular pernambucana e coloca-o lado a lado na lista de personalidades como o escritor Ariano Suassuna, o poeta Patativa do Assaré, o compositor Geraldo Azevedo, a economista Tânia Bacelar e o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva



Mestre da cultura popular pernambucana e atual presidente da Associação de Maracatus de Baque Solto de Pernambuco, Manoelzinho Salustiano foi titulado recentemente como mais novo Doutor Honoris Causa pela Universidade de Pernambuco (UPE).

O reconhecimento, aprovado por aclamação na última reunião conjunta do ano dos Conselhos Universitários  e de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSUN/Cepe) da instituição, trata-se da mais alta distinção da UPE. O título de Doutor Honoris Causa é concedido a pessoas eminentes, que não necessariamente sejam portadoras de um diploma universitário, mas que tenham se destacado em determinada área (artes, ciências, filosofia, letras, promoção da paz, de causas humanitárias etc.), por sua boa reputação, virtude, mérito ou ações de serviço que transcendam famílias, pessoas ou instituições.

Manoelzinho Salustiano torna-se o décimo nome de uma lista que tem personalidades como o escritor Ariano Suassuna, o poeta Patativa do Assaré, o compositor Geraldo Azevedo, a economista Tânia Bacelar e o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo o professor adjunto do Departamento de História da Universidade de Pernambuco, Campus Nazaré da Mata, Carlos André da Silva de Moura, é um reconhecimento que a UPE presta ao conhecimento compartilhado por quem não teve acesso ao ensino superior. Ele e mais dois professores do mesmo departamento, Mário Ribeiro e Sandra Simone, estiveram na reunião do CONSUN/Cepe para destacar a importância da concessão do título a Manoelzinho Salustiano. O pedido oficial foi encaminhado pela diretora do Campus Mata Norte, Maria Auxiliadora.

TRAJETÓRIA - Filho mais velho do mestre Salustiano – um dos principais nomes da cultura popular brasileira, falecido em 2008, Manoelzinho iniciou a sua imersão na cultura popular ainda criança. Além de dirigente de maracatu, ele é conhecido também pelo seu trabalho de bordadeiro de estandartes e pela habilidade em unir as agremiações em torno da valorização de suas manifestações artísticas. Antes inimigos, os brincantes trocaram a violência, às vezes até com ocorrência de mortes, pela solidariedade.

“Este título é um reconhecimento de uma vida na luta pela cultura popular. Esse título não é só meu, é de todos os mestres de terreiro que lutam para preservar uma cultura que precisa ser cuidada”, disse Manoelzinho. Veja o depoimento dele no vídeo abaixo:

O nome de Manoelzinho Salustiano também concorre ao título inédito de “Notório Saber” que a Universidade de Pernambuco (UPE) concederá a partir de 2021, reconhecendo os conhecimentos vindos de tradições indígenas, afro-brasileiras, quilombolas e outras manifestações, inclusive artísticas. Outras universidades brasileiras também já tomaram esta iniciativa, valorizando a experiência cultural além do universo acadêmico. A cerimônia oficial de entrega do título de Honoris Causa ocorrerá no próximo ano.


DOUTOR HONORIS CAUSA DA UPE

1) Luiz Inácio Lula da Silva – Campus Garanhuns

2) Ariano Vilar Suassuna – FCM

3) Geraldo Azevedo de Amorim – Campus Petrolina

4) Xu Lin – Instituto Confúcio

5) Antônio Gonçalves da Silva “Patativa do Assaré” – In Memoriam – Campus Petrolina

6) José Guido Corrêa de Araújo – FCM

7) Renato Medeiros de Moraes – ESEF

8) Crisna Teodorico dos Santo – Campus Garanhuns

9) Vera Lúcia Samico Rocha – ESEF

10) Manoel Salustiano Soares Filho – Campus Nazaré da Mata

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Almir Rouche: a nova geração do frevo pernambucano

Aos 10 anos de idade ele estudou música, teoria e prática, e, logo em seguida participou de um festival, classificando-se em primeiro lugar cantando um fado de Roberto Leal. No ano seguinte, no mesmo festival, voltou a conquistar a primeira colocação desta feita cantando o samba “O Mar Serenou”, de Clara Nunes. Isso aconteceu em São Paulo, onde foi passar alguns anos levado pela avó.  

Retornando a Pernambuco o garoto Almir Cavalcanti de Lima voltou a morar em Igarassu, município onde nasceu em 03 de abril de 1969, e onde continuou fazendo o que gostava de fazer: cantar. Foi quando ele foi convidado a integrar a Banda Diplomata. Sem saber ao certo o repertório do grupo Almir passou a ouvir gravações da banda americana Rush, da qual aprendeu a cantar algumas de suas musicas.  

Ganhou o sobrenome e passou a ser chamado Almir Rush, que ele próprio abrasileirou para Rouche.  Em seguida, integrou a Banda Status, também de Igarassu. Em 1986, recebeu convite para integrar a Turma do Pingüim, um trio elétrico contratado pela Cervejaria Antarctica para fazer shows pelo Nordeste e durante o Carnaval.  

Daí em diante, a carreira artística de Almir Rocuhe foi conquistando novos horizontes.  A Televisão e o Rádio lhe abriram as portas, ampliando seu contingente de admiradores, até que compôs o frevo “Galo eu te amo” e então ganhou cadeira cativa nos monumentais desfiles do Galo da Madrugada. 

Almir Rouche já foi Secretário de Turismo, Cultura e Esportes de Igarassu, cargo que ocupou com a simples finalidade de ajudar a cidade onde nasceu.  De política ele não quer saber mais. Continuou fazendo de sua carreira de cantor e empresário artístico o motivo maior de sua existência.            

Almir Rouche gosta de Carnaval, tem inúmeros frevos em seu repertório, mas também aprecia o forró. Admira Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Jacinto Silva e Trio Nordestino.  Para ele, a qualidade da musica não depende do ritmo.  O repertório, a repercussão de seus shows, e o jeito simples de se comunicar com o publico tornaram Almir Rouche um artista da nova geração admirado em todo o Nordeste.

Teatro do Parque reabre sem festas


Finalmente, depois de uma reforma bastante demorada, o Teatro do Parque foi reaberto ao publico sem festas devido à pandemia,  mas de feições mais arrojadas, novo mobiliário,  mantendo sua arquitetura original.   Neste ano de 2020,  a casa de espetáculos localizada na Rua do Hospício, no centro da cidade, completa 105 anos de existência e sempre se constituiu  numa peça importante na engrenagem cultural do Recife.  O novo Teatro do Parque reabre com uma capacidade de 800 pessoas, sendo 240  espectadores na plateia superior.   





E quem depende do Carnaval?


 O aumento inesperado de casos da Covid 19 nos últimos dias em Pernambuco levou o Governo a decretar a suspensão do Carnaval no Estado, em sua versão de rua e de festas em arenas e clubes. O Governo Federal preferiu manter as eleições municipais em novembro, provocando aglomerações nas zonas eleitorais, o que deve ter contribuído para o atual estado de calamidade publica. 

O Governo Estadual não preservou na medida os profissionais que dependem do Carnaval para manter a família durante o ano inteiro. Não estamos nos referindo às grandes agremiações e promotores de grandes eventos mantidos por vultosas subvenções publicas. 

O Governo – Federal, Estadual e  Municipal – deve voltar seus olhos para os carnavalescos que vão ficar privados de seu sustento. As Prefeituras têm o cadastro desses profissionais e eles podem ser reconhecidos para receber uma ajuda emergencial para minimizar suas dificuldades nesse momento de pandemia. Cabe aos novos Prefeitos alguma medida nesse sentido.

 

Pernambuco abre inscrições para a 21ª edição da Fenearte


 Estão abertas as inscrições para a 21ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), um dos eventos mais aguardados do calendário anual, principalmente, para artesãs e artesãos de Pernambuco. O evento já tem data marcada, e acontecerá entre os dias 7 e 18 de julho de 2021. As inscrições estão disponíveis no site www.fenearte.pe.gov.br e seguem até o dia 16 de janeiro. Podem se inscrever, além das artesãs e artesãos de Pernambuco, expositores de outros estados e países.

A feira é realizada durante 12 dias, gerando renda para mais de 5 mil expositores. “A Fenearte é um importante instrumento de fomento dentro da política pública de Pernambuco. Representa a nossa rica e diversa economia criativa, reverberando para além do período em que é realizada” diz Márcia Souto, diretora de Promoção da Economia Criativa da AD Diper.

O evento obedecerá a todos os protocolos de acordo com as orientações do Comitê de Combate ao Covid 19 do Governo do Estado de Pernambuco. Em função dessa realidade e da grandeza do evento, desde já, questões como dimensão física, tamanho de público, quantidade de selecionados e até mesmo o formato (presencial ou não) serão definidos posteriormente. O lançamento nesta ocasião é importante, ainda, para que sejam cumpridos todos os prazos exigidos para a realização de uma feira desta dimensão.

A primeira Fenearte foi realizada em julho de 2000, por iniciativa do Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Esportes, e desde então se consolidou como maior feira do artesanato da América Latina. A última edição aconteceu em julho de 2019, também nono pavilhão do Centro de Convenções, em Olinda. Homenageou três grandes cirandeiros: Mestre Baracho, falecido em 1988; Dona Duda e Lia de Itamaracá, esta última Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Para mais informações e tirar dúvidas sobre o processo de inscrição para a edição 2021, basta entrar no site www.fenearte.pe.gov.br e clicar na aba “Inscrições”. Mais dois canais estão disponíveis: o telefone: (81) 3181.3454 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h); e o e-mail fenearte@centrodeartesanato.pe.gov.br.